sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O que o meu filho come???

Desde a primeira introdução alimentar após o leite materno, eu sempre tive muito cuidado com o que meu filho iria comer.
Não era adepta a iogurtes e nada dessas porcarias.
A primeira coisa que meu filho comeu foi maçã raspadinha na colher.
Tenho fotos lindas desse momento.
Depois de mais de um mês com adaptação em papinhas de frutas, aderimos às papinhas de legumes. Meu filho comia até inhame e não precisava de macarrão.
E foi assim por vários meses. Entramos com o famoso arroz e feijão após um ano de idade, sem doces, sem bolachas recheadas, sem refrigerante, sem embutidos, a única bolacha que ele comia era a de (amido) maisena e nunca tivemos dificuldades.
Mas com o autismo invadindo nossas vidas foi como se houvesse uma troca de crianças.
Artur não era mais o mesmo, vieram as dificuldades de deglutição, mas eu ainda achava que era normal. Ouvia de pediatras que eu o mimava demais, mas eu nunca vi problemas em estar em casa, ter tempo e não me dedicar aos meus filhos. Alguém vê?
Meus filhos sempre tiveram o melhor de mim e sempre terão.
Quando faziam apenas dias que eu desconfiava sobre o autismo, a coordenadora da escola conversou comigo e o teor foi o seguinte:
"Seu filho não poderá frequentar mais a escola enquanto não tivermos um laudo da pediatra dele. Ele não anda, não fala, não interage com outras crianças, não come direito, vive doente. Estamos dando comida do maternal I para ele, não sabemos lidar com ele". E um monte de outros absurdos que eu prefiro deixar para lá.
Peguei meu 'problema' e fui atrás.
A questão alimentar eu contei na primeira postagem. Foi uma via sacra que até hoje não teve fim.
Mas meu filho sempre evitou o glúten, Foi algo dele mesmo, como eu também sempre evitei muitos alimentos por me sentir mal com eles, respeitei suas vontades.
Desde que descobrimos a alergia à proteína do leite de vaca, eu cortei primeiro o glutamato de monossódio.
Foi lendo essa matéria no blog da Claudia Marcelino que compreendi o horror que isso é tanto para nós e multiplicado por inúmeras vezes aos nossos autistas.
Aboli de minha casa temperos industrializados e adotei uma dieta mais saudável.
Sempre acompanhei meu filho, claro que me dava ao luxo de comer glúten, mas saber que meu filho comia bem, só provando.
Ele, ainda que inconscientemente, ou não, sempre fugiu de pizzas, bolos e tudo mais.
Sempre foi o básico: arroz, feijão, carnes (com dificuldade de deglutição).
Ele também não sabe morder alimentos, quer enfiar tudo na boca. Se insisto em morder, como todo autista teimoso, desiste de comer porque as coisas não acontecem como ele quer.
Atualmente, sua alimentação continua com arroz, carnes, peixes, frangos, legumes e verduras.
Ele é viciado em suco de soja artificial de soja, toma leite de baixa lactose sem glúten com um suplemento chamando Sustain que também não tem glúten.
Todos esses alimentos são os que pretendo abolir de sua vida.
Mas, não é fácil como foi comigo. Eu apenas estudei, li muito a respeito, fiz a dieta e me senti melhor.
Fácil, mas com um autista não é assim.
Mas agora eu tenho estudado formas de como mudar sua vida.



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